Fátima

Ponto obrigatório no turismo religioso, a cidade que alberga o Santuário de Fátima. Este é uma das maiores referências do culto mariano, a que acorrem peregrinos de todo o mundo.

Local de peregrinação desde 1917, Fátima é hoje um dos Santuários marianos mais importantes de peregrinação do Mundo. Este lugar de paz, retiro e espiritualidade recebe milhões de peregrinos por ano.

Fátima vê a origem do seu nome numa princesa moura chamada Fátima que, segundo reza a lenda, foi raptada por um cavaleiro cristão que se apaixonara por ela. Essa moura converteu-se ao cristianismo e foi batizada de Oureana, dando origem ao nome da cidade de Ourém. O seu nome árabe ficou para sempre ligado à freguesia de Fátima.

Foi no lugar de Cova de Iria que a Virgem Maria apareceu pela primeira vez a 13 de maio de 1917, e durante seis meses consecutivos, a três pastorinhos que ali apascentavam os seus rebanhos. As crianças, Lúcia, Francisco e Jacinta, tinham respetivamente 10, 9 e 7 anos. Francisco e Jacinta eram irmãos e primos de Lúcia. Os mais novos faleceram pouco depois das aparições (Francisco em 1919 e Jacinta em 1920) vítimas de pneumónica. Lúcia faleceu em 2005.

A primeira aparição deu-se a 13 de maio de 1917 e a última a 13 de outubro do mesmo ano. As aparições ocorreram todas ao dia 13, com exceção do mês de agosto, quando a Virgem apareceu no dia 19. A mensagem da Virgem era clara: rezar o terço todos os dias pela paz no Mundo, pois decorria a primeira Guerra Mundial, na qual Portugal também participou.
Durante a última aparição deu-se o Milagre do Sol: durante cerca de um quarto de hora, o céu que estivera coberto de nuvens negras, rasgou-se repentinamente. O sol, girando vertiginosamente sobre si, desceu, por três vezes, até à altura do horizonte. O milagre ocorrido diante de 70 mil pessoas deu início ao culto a Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

No seio da Cova da Iria desenvolveu-se a cidade que lhe propomos conhecer hoje. Lugares fantásticos, onde o terrestre e o espiritual se conjugam numa paz e tranquilidade quase imbatível.

Fique a conhecer as 20 maiores atrações da Cova da Iria:

1 – Capelinhas das Aparições

A Capelinha das Aparições foi construída no local das Aparições em 1919. A primeira missa aqui celebrada aconteceu em 13 de outubro de 1921, exatamente 4 anos após a última aparição aos pastorinhos. Foi dinamitada por desconhecidos e reconstruída nesse mesmo ano. Desde então, e após melhoramentos e reestruturações, mantém-se intacta e com o aspeto que conhecemos hoje.
Este é o lugar mais importante de todo o Santuário. É aqui que podemos admirar a imagem de Nossa Senhora de Fátima. Colocada num pedestal, no local exato onde se encontrava a azinheira sob a qual Nossa Senhora apareceu aos Pastorinhos, é uma escultura em madeira de José Ferreira Thedim. A imagem, em dias de grandes peregrinações, ostenta uma coroa preciosa oferecida pelas mulheres de Portugal a 13 de outubro de 1942. Esta coroa é de ouro e tem encastoadas pérolas e pedras preciosas, de valor incalculável. No centro da coroa foi encastoada, em 1989, a bala que atingiu o Papa João Paulo II no atentado que este sofreu a 13 de maio de 1981, no Vaticano.

2 – Azinheira Grande

A centenária Azinheira Grande, que se encontra junto à Capelinha das Aparições, era a maior Azinheira que ali se encontrava e, por isso, ali se manteve como símbolo dessa altura. Era debaixo desta mesma azinheira que os Pastorinhos, e mais tarde os primeiros peregrinos, aguardavam a chegada de Nossa Senhora.

3 – Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima

A Basílica de Nossa Senhora do Rosário de Fátima ergue-se no local onde, a 13 de maio de 1917, os 3 Pastorinhos brincavam quando, de repente, viram um relâmpago que os assustou e fez com que juntassem o rebanho para regressar a casa. Neste dia, ocorreu a primeira Aparição de Nossa Senhora.
A construção da Basílica iniciou-se em 1928, com um projeto da autoria do holandês Gerardus Van Krieken, continuado pelo português João Antunes. Totalmente construído com pedra da região, o edifício mede cerca de 70,5m de altura e cerca de 35m de largura, com uma torre sineira que alcança os 65m de altura. Rematado com uma coroa de bronze com mais de 7 toneladas, é encimada por uma cruz que iluminada de noite, faz-se avistar de qualquer zona de Fátima.
A sua fachada impressiona pela sua brancura e também pela imagem do Imaculado Coração de Maria, uma estátua com cerca de 14 toneladas. No seu interior encontram-se os túmulos dos videntes, colocados nos transeptos. Francisco à direita, Jacinta e Lúcia, lado a lado, à esquerda.


4 – Exposição Fátima Luz e Paz

O Museu do Santuário de Fátima foi criado em 1955 por D. José Alves Correia da Silva, Bispo da Diocese de Leiria-Fátima, na altura. Visava preservar as memórias de um passado e reunir um espólio de pendor histórico, artístico e etnográfico como testemunho das peregrinações internacionais da Imagem da Virgem Peregrina e as relíquias relacionadas com a História das Aparições e dos seus protagonistas.
A exposição permanente Fátima Luz e Paz foi inaugurada em 2001, no edifício da Reitoria do Santuário para que todos os peregrinos e visitantes possam envolver-se na história das Aparições de Nossa Senhora do Rosário de Fátima.

5 – Monumento ao Muro de Berlim

Inaugurado em 1994, este é um símbolo de liberdade religiosa e paz em todo o Mundo. Trata-se de um bloco do muro que começou a ser construído em Berlim em 1961 para impedir a passagem de cidadãos da Alemanha Oriental para a Alemanha Ocidental, e que viria a ser demolido em novembro de 1989, o que levou à reunificação do país. O bloco pesa 2,600 quilos, mede 3,60 metros de altura e 1,20 metros de largura. Foi oferecido ao Santuário por um português residente na Alemanha. O arranjo do monumento é do arquiteto José Carlos Loureiro.

6 – Basílica da Santíssima Trindade

Tendo surgido a necessidade de criar um espaço coberto que pudesse acolher um maior número de peregrinos em dias de maior afluência, a Basílica da Santíssima Trindade foi inaugurada a 12 de outubro de 2007, pelo Cardeal Tarcisio Bertone, por ocasião do 90.º aniversário das Aparições da Virgem Maria.
Este projeto do arquiteto grego Alexandros Tombazis apresenta-se de forma circular no topo do recinto do Santuário, com 40.000 m² de área, acolhendo cerca de 8633 peregrinos sentados. A porta da entrada principal, toda em bronze, tem 8 metros de altura e é inteiramente dedicada a Jesus Cristo. Encontra-se ladeada por 20 painéis, 10 de cada lado, representando os mistérios do Rosário e ainda dois painéis de vidro com 4 citações bíblicas escritas em 26 idiomas. Para além da porta principal existem 12 portas laterais de acesso à Basílica, cada uma dedicada a um apóstolo de Jesus Cristo.
A magnitude do painel que cobre a parede do fundo do presbitério, impressiona logo à entrada. Mosaico com cerca de 500m2 (10m de altura e 50m de largura), é feito em terracota dourada e moldada manualmente. É da autoria do P. Marko Ivan Rupnik, esloveno, e foi executado por um grupo de artistas, especializados em arte litúrgica, no Instituto Oriental de Roma, e provenientes de oito nações e de quatro Igrejas Cristãs.
Todo o dinamismo e tensão de luz e outro no sentido horizontal e vertical permite provocar um estado de alma que acolhe a beleza, a comunhão e o amor. Destacam-se os Apóstolos, Jesus Cristo, a Virgem Maria e os Pastorinhos: Lúcia, Francisco e Jacinta, entre outros santos e figuras da Igreja.
Outro elemento de destaque é o Crucifixo feito em bronze, suspenso sobre o altar. Representa Cristo que se ofereceu voluntariamente por todos nós.
A imagem de Nossa Senhora de Fátima, de braços abertos, deixa ver o seu Imaculado Coração e o Rosário.
A finalizar a composição, sobre o altar, encontra-se um fragmento marmóreo do túmulo do Apóstolo São Pedro, sobre o qual está construída a Basílica de São Pedro no Vaticano. Este fragmento foi oferecido pelo Papa João Paulo II.

7 – Cruz Alta

Defronte da Basílica da Santíssima Trindade, temos a Praça Paulo VI e a Praça João Paulo II. Junto a esta última, encontra-se, concebida por Robert Schad, a Cruz Alta com cerca de 34 metros de altura e 17 metros de largura, em aço corten, sendo esta a Cruz Comemorativa do ano Santo de 1951.

8 – Museu de Arte Sacra e Etnologia

O Museu de Arte Sacra e Etnologia propõe-lhe um percurso através da história da salvação, por meio de uma vasta coleção de imagens do Menino Jesus e outra de crucifixos, complementados com figuras relativas à Paixão e Morte de Cristo.
As imagens patentes nesta exposição foram recolhidas em Portugal e representam a religiosidade do povo português desde o século XIV. Os documentos expostos (sejam eles mapas, gráficos, textos) evidenciam o percurso de Evangelização ocorrido ao longo dos tempos, colocando Portugal em evidência no tempo dos Descobrimentos, acrescentando, mais recentemente, a missão frente às culturas e às Grandes religiões do Mundo. O Museu apresenta 4 salas, representando as seguintes temáticas: Natividade, Paixão de Cristo, Ressurreição e Missão da Igreja e, por fim, uma exposição enológica multicultural.

9 – Monumento ao Peregrinos | Rotunda Norte

Na Rotunda de Nossa Senhora da Encarnação, comummente conhecida como Rotunda Norte, encontra-se o Monumento ao Peregrino. O grupo escultórico, uma iniciativa do Rotary Club de Fátima, foi benzido por D. Serafim de Sousa Ferreira e Silva a 27 de outubro de 1990, aquando da sua inauguração. O monumento é dedicado ao “peregrino anónimo que veio, acreditou e espalhou a palavra”.

10 – Monumento aos Pastorinhos | Rotunda Sul

Localizado na Rotunda de Santa Teresa de Ourém, a conhecida Rotunda Sul, encontra-se o monumento dedicado aos três Pastorinhos de Fátima: Lúcia, Francisco e Jacinta, num conjunto da autoria de Fernando Marques (escultor) e Francisco Marques (arquiteto do projeto). Os Pastorinhos estão aqui representados caminhando, representando o trajeto que fariam de suas casas até ao local das aparições. Espiritualmente representa ainda o caminho espiritual para a imortalidade.

11 – Via Sacra e Calvário Húngaro

É na Rotunda de Santa Teresa de Ourém, também conhecida por Rotunda Sul, que se inicia a Via Sacra de Fátima, a qual termina junto à Capela de Santo Estevão, nos Valinhos. Todo o conjunto é denominado de Calvário Húngaro uma vez que foi oferecido por peregrinos húngaros. Inaugurado em 1964, a Capela do Calvário Húngaro é um momento de reflexão após a realização da Via Sacra.


12 – Valinhos e Loca do Anjo

Entre as VIII e IX estações da Via-Sacra fica o local onde Nossa Senhora do Rosário de Fátima apareceu aos pastorinhos a 19 de agosto de 1917, dado que os pastorinhos não puderam comparecer na Cova da Iria dia 13 do mesmo mês. O monumento foi
erigido em 1956, uma obra da escultora Maria Amélia Carvalheira da Silva (Imagem) e com António Lino (nicho). A Via-Sacra tem o seu início na Rotunda de Santa Teresa de Ourém (rotunda Sul), terminando na Capela de Santo Estevão, encimado pelo Calvário Húngaro. As estações foram oferecidas pelos católicos húngaros refugiados no Ocidente, num projeto de Ladislau Marec.
De acordo com relatos de irmã Lúcia, foi neste local que o Anjo apareceu pela primeira e terceira vezes, na primavera e outono de 1916, respetivamente. Foi ainda aqui que o Anjo lhes deu a comunhão, na terceira aparição, tal como representa o conjunto escultórico do Anjo e dos Pastorinhos, também da autoria de Maria Amélia Carvalheira da Silva.

13 – Casa de Francisco e Jacinta

Construída em 1888, foi restaurada em 2000 (ano da beatificação de Francisca e Jacinta Marto). Nesta casa nasceram Francisco (11 de junho de 1908) e Jacinta (11 de março de 1910), filhos de Olímpia de Jesus e Manuel Marto, sendo os mais novos de 5 irmãos. Foi ainda aqui, nesta casa, no primeiro quarto à esquerda, que faleceu Francisco, vítima de pneumónica, a 4 de abril de 1919, com 11 anos. Jacinta faleceu em Lisboa, no Hospital de D. Estefânia, a 20 de fevereiro de 1920, com apenas 10 anos. Na casa encontrará alguns artigos originais da família e ainda muitas fotografias dos irmãos e da família.

14 – Casa de Lúcia e Poço do Arneiro

Um pouco mais à frente a casa de Lúcia de Jesus, mais conhecida por irmã Lúcia, que deixou Aljustrel aos 14 anos para se tornar freira. Filha de Maria Rosa e António dos Santos, era a mais nova de 6 irmãos, nasceu a 22 de março de 1907. Na sua casa ainda se encontram alguns artigos originais da família e também muitas imagens e fotografias da história de vida da família de Lúcia. Ainda em Aljustrel, por trás da casa de Lúcia, encontra-se o Poço do Arneiro, com um monumento alusivo à segunda aparição do Anjo de Portugal que ali apareceu aos três pastorinhos, no verão de 1916.
Foi ainda aqui que Jacinta teve uma visão do Santo Padre a chorar e a rezar de joelhos numa grande casa. Junto ao Poço encontra-se uma escultura do Anjo de Portugal e dos três videntes, da autoria de Maria Irene Vilar.

15 – Casa-Museu de Aljustrel

Junto da Casa de Lúcia encontra-se a Casa-Museu de Aljustrel, que pertenceu a Maria (madrinha de Lúcia). Anteriormente Centro de Etnografia regional, pretende atualmente mostrar como era a vida na aldeia, na altura das Aparições.

16 – Museu de Cera

As Aparições de Fátima, em 1917, foram um acontecimento religioso e nacional que ocupou muitas colunas da Imprensa diária daquele tempo. O povo afluiu à Cova da Iria em torrentes caudalosas de curiosidade, mas também de Fé e Esperança. Vive-se um momento difícil com angustiante sofrimento, imposto pela primeira grande guerra mundial. A Senhora mais brilhante que o Sol prometia paz, mas pedia penitência e oração.
Este espaço descreve em trinta cenas a aparição da Virgem Maria aos Pastorinhos e os acontecimentos mais relevantes da história de Fátima nesta época.


17 – Museu Interativo – O Milagre de Fátima

Através de uma visita guiada e um percurso virtual, interativo, com conteúdos multimédia de última geração (hologramas e 4D), é recriado no Museu Interativo – o Milagre de Fátima, o enquadramento histórico do início do Séc. XX, as Aparições do Anjo e de Nossa Senhora aos três Pastorinhos, a dúvida e o Milagre do Sol. São ainda recordadas as visitas do Papa João Paulo II a Fátima, a Procissão das Velas e o Segredo.
Numa visita de cerca de 40 minutos, esta é uma experiência única de partilha de emoções onde é possível sentir o magnetismo de Fátima, a cidade da Paz, Altar do Mundo.

18 – Casa das Candeias – Núcleo Museológico da Fundação Francisco e Jacinta Marto

A Casa das Candeias é um núcleo museológico que pretende evocar a vida e a espiritualidade de Francisco e Jacinta Marto, dois dos três videntes das Aparições de Fátima.
O espaço propõe ao visitante uma leitura do percurso dos dois beatos, da síntese que nas suas vidas fizeram da mensagem de Fátima e do dom que eles representam para a Igreja, através da exposição de alguns dos seus objetos pessoais e de representações artísticas que os evocam. A entrada é livre.

19 – Igreja Paroquial de Fátima

Era aqui que Francisco passaria longas horas a rezar. Foi ainda aqui que Lúcia fez a primeira comunhão. Ao entrar na Igreja Paroquial de Fátima, tem à sua esquerda a Pia Batismal onde Lúcia, Francisco e Jacinta foram batizados.

20 – Museu do Azeite

O Museu do Azeite de Fátima mostra equipamentos antigos ligados à produção do azeite, desde o lagar onde era moída a azeitona, à batedeira que aquecia a massa da azeitona, passando pelas seiras, onde se coloca a massa da azeitona para espremer.
O espaço inclui uma área de promoção dos produtos da cooperativa e de outros produtos rurais, como o mel, os queijos e o vinho.

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